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A mostrar mensagens de maio, 2017

Do mar de Santa Cruz, com Berlim no pensamento

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O fim de um dia. O silêncio da praia vazia. O surfista solitário ao fundo e aquela luz, de rendição, a rematar os reencontros, as brincadeiras, as conversas com os amigos que prezamos em intervalos de tempo. Tão espaçados quanto as histórias que nos falham, sem nunca as passar a relatos. Como a do pequeno papel, encontrado na bolsa que não usava há meses. Berlin Charlottenburg 17h30 11/09/2015 Por esta ordem. Terá sido um lembrete para escrever algo, um horário de metro ou de comboio. Quase de certeza uma memória boa, um detalhe. É para isso que levo papel e caneta em viagens. Não escrevi, não me lembro do que gostaria de ter escrito. Perdeu-se um instante e um simples pedaço de papel reavivou essa distância de tempo e lugares, vertidos numa incógnita.

Uma semana depois, muito mais aliás (na escrita por aqui)

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Passou uma semana sobre o 13 de Maio. Esse dia que se esgotou na tinta dos jornais, nos media e em todos os meios digitais. Nas suas três forças: música, religião e futebol. Para mim, por esta ordem,se não se importarem Porque desde a infância que vi o festival da canção e juro que Malta e Montenegro não saírão da minha lista de destinos. Ou não tivesse começado aí o fervor de conhecer sítios diferentes. A música. O amor. Essa inesgotável fórmula de essência, de sentido. De existir. Tão verdadeira como o sorriso do Papa. Sem ele saber o desgosto que sofri quando descobri que a sua morada não era Fátima mas o Vaticano. As histórias em volta desta figura.As aparições. A crença nessas crianças. A minha mãe que se chama Gracinda porque nesse ano todas as meninas se chamaram assim porque uma se salvou, depois de orações rogadas ao trio de Ourém. A visita do Paulo VI nas palavras dela. A minha tia que não foi porque uma vaca pariria nesses dias. A pobreza, ela mesmo. Lado a lado com a fé. ...