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A mostrar mensagens de outubro, 2015

Assim ou assado?

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Depois da conversa com o homem da empresa da internet eu percorri toda a rua Glogowska com aquele sentimento de vazio e de escoamento do ser. Como se não fosse de parte nenhuma, nem de mim própria. Passaram pela minha memória todos os lugares onde vivi, trabalhei ou estudei e todas as pessoas que, de um modo ou de outro, marcaram este meu puzzle de vida. Eu tento encarar as mudanças sempre de forma positiva e não tenho dúvidas que a capacidade de adaptação depende sempre mais de nós próprios que dos outros, ou mesmo dos sítios. Não tenho medo de arriscar, de abdicar de condições para conseguir outras mas quando nos desvinculamos de um lugar é sempre doloroso. Pela enorme carga emotiva a que isso nos expõe. Porque não raras as vezes, ponderamos com a razão e a emoção do momento, decisões que temos de tomar agora e lembrámos outras que foram tomadas antes como se, a esta distância, pudessemos imaginar o que teria acontecido se tivesse sido "assim" ou "assado".

O pacto

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Eu e a L. fizemos um pacto. Para sonhar mais do que o habitual quando não se tem plano nenhum. Mas não é sobre essa realização que penso. É sobre a L. e a sua coragem depois de, decorrido este tempo, saber que ela nunca morreu dentro de si. Os seus sonhos, aspirações e vontades nunca se despegaram daquilo que a define. A L. é tao girassol quanto o que lhe está tatuado. É tão mais guerreira do que ela pensa que é. Mas escondeu grande parte de si durante o tempo que pensou, porventura, alhear-se disso. Mas nunca desistiu. E cresceu, aprendeu, ensinou, deixou a sua marca e recebeu também muito do que é. E a L. está prestes a iniciar um caminho diferente para resgatar aquilo que sempre soube que queria para si: uma vida menos amorfa! E eu penso nessa determinação, sem nunca perder da memória o pacto que fiz com ela. Talvez signifique mudança!!

A internet em Marte

A primeira vez que me propuseram fazer parte de uma lista independente eu tinha falhado o primeiro recenseamento. Assim como todas as angariações massivas de jotas à porta do liceu. A parte do recenseamento foi uma irresponsabilidade, eu sei, mas da política sempre quis distância. Até porque deus nos livre de ter de explicar a um país porque nos deu a gana de tirar a roupa para uma revista!!! Ou, se calhar, esse é o topo da carreira “a fazer política”. No entanto, sempre tentei não falhar eleições. Até hoje.   A humanidade descobriu vestígios de água salgada em Marte mas disponibilizar via internet a possibibilidade das pessoas residentes no estrangeiro votarem é coisa que só deve acontecer lá para 2050. Eu tenho um número de eleitor e isso parece-me suficiente para chegar a um site, fazer a minha opção, registar o país de residência para que sirva para todas as estatísticas e me autentique como cidadã portuguesa.   Eu pergunto-me se eles conhecem aqueles “monkey surveys”