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A mostrar mensagens de janeiro, 2012

A minha praia

Continua lá, imutável no esquecimento e irreconhecível nas formas e recortes que vai assumindo devido à força das marés. Ao longe Viana e os montes recortando o céu. O ar muito frio não convida a ficar sentada nas pedras, mas há o mar, o rebentar das ondas. O mar que me ensinaste a admirar e a saber escutar. O mar que nunca mais será visto da mesma forma. O mar onde sempre te vou encontrar.

Hoje

In Memoriam.

Voglio dirti #3

"A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas." (Butler, Samuel)

Simplesmente

Doem-me os pés, os olhos, a cabeça, a alma. Um cansaço que bastaria para que caísse redonda na cama num sono profundo, não fossem as obrigações de um dia de trabalho que terminou há minutos. Fossem as tarefas aliciantes, de elevada complexidade e de uso de inteligência e eu não estaria tão pouco motivada, mas isto de preencher dezenas de avisos de recepção para cartas registadas redobra o cansaço e diminui o limite dos nervos. Um carimbo ou umas etiquetas ajudavam? Ajudavam, mas eu não ficaria a saber que estou completamente "destreinada" a "escrever à mão" e com rapidez. Longe vão os tempos em que os apontamentos nas aulas da faculdade eram tirados num código apenas perceptível por mim e melhorado com o tempo, à medida que era capaz de escrever mais rápido. Daí que a minha caligrafia nunca tenha sido constante na forma, nem uma escrita firme (isto no campo da grafologia daria pano para mangas!!!). Sempre misturei letra maiúscula com minúscula e a posição da caligra

Desabafos, confissões e teorias

Que me perdoem todos aqueles que seguiram o apelo de boicote ao dito hipermercado. Não tenho (quero) alternativas. E digo isto porque mesmo sabendo que as outras opções existem, não me compensam. Neste início de tarde de domingo em que se conjugam fortes variáveis para eu estar cabreada com o mundo (a saber: é domingo, estava à chover até há minutos atrás, estou em Sintra,sozinha em casa e sem vontade de mudar do sofá para a secretária), a simples refeição de uma pizza pré-feita-congelada-pré-cozinhada-ou o que seja, levou-me a pensar em pequenas banalidades financeiras e económicas. Claro está, que em assuntos da atualidade que sejam tudo menos artigos da Lei nº 64-B/2011, de 30 de Dezembro, eu não estou informada. Não me preocupo, não ocupo tempo a pensar, a ouvir opiniões, correntes, ideias, posições porque vai tudo ter a um mesmo fim (julgo eu, são as minhas teorias). É por isso que não faço a mínima ideia de como vai a consolidação de contas do país, de como vamos alcançar a met

A minha, a nossa sorte*

A minha, a nossa sorte é que 2012 chegou. É estar vivos e olhar para trás e pensar nos dias que virão. É, sem balanços ancorados na dúzia de desejos, concordar que 2011 trouxe o bom e o mau e olhar para o novo ano com uma esperança redobrada. A minha, a nossa sorte é podermos acreditar sempre que tudo pode ser melhor, que nós próprios podemos ser melhores quando isso nos parece impossível no imediato. É fechar os olhos para pensar em alguma coisa muito boa, é a música de manhã e à tarde num caminho solitário, é o sol na serra, é imaginarmos e sonharmos com uma vida mais feliz, é voltar a escrever quando o tempo se tornar vazio e só, é sorrir mais e chorar menos, é tornar as despedidas melhores, é voar sem asas e viver sem amarras. É sonhar e sonhar. É lembrar-te. A minha, a nossa sorte é ter um trabalho, mesmo procurando outro desesperadamente. É queixar-nos desenfreadamente dos impostos, do custo de vida, da falta de dinheiro e da crise. É procurar viver o nosso ideal, as nossas esc