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A mostrar mensagens de agosto, 2010

No monte da Lua#1

Felizmente o trabalho ainda permite isto ... Para sonhar um pouco... Com prelúdios, tocatas e fugas...

Hoje voei para...

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Para onde a terra beija o mar e o vento zumbe... Onde poderia estar a ler um pedaço de história que me sugue a mim própria... Ou perdida nos meus pensamentos, tão meus... Esperando que o horizonte me embale e me leve de onde estou...

Wedding

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(...) "Cantai e dançai juntos, sede alegres; mas permaneça cada um sozinho, como estão sozinhas as cordas do alaúde enquanto nelas vibra a mesma harmonia". (...) Kahalil Gibran in O Profeta

Uma música #3

Psicologia da Marquesa

Cabeleireiros, Esteticistas, massagistas, fisioterapeutas… Deve haver um sem número de profissões que têm a sua componente de psicologia, numa vertente que vai muito para além da psicoterapia… E enquanto isto, nós, prostrados onde recebemos os serviços desta gente respondemos a um interrogatório, ouvimos opiniões, sabemos da vida da sociedade mais próxima e, com sorte, não temos de fazer inferência alguma sobre tudo isto… Esteticista: E já conheces Lisboa? E já foste ao bairro alto? E já jantaste na Casa do Alentejo? E já foste ver a exposição no Turismo de Sintra? E já foste ver algum espectáculo no Centro Cultural? E já foste ao Urban? E já conheces a esplanada não sei das quantas…. Eu: não (bis) Esteticista: e estás a gostar? E quanto tempo vais estar aqui? E tens cá família? Tens que conhecer Lisboa e vais ver que nunca mais queres sair desta zona…mas ainda não conheces nada, assim não pode ser, assim a vida é muito vazia... Eu (em pensamento): Mas o que é afinal não ter uma vida v

Da minha porta

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Dúvidas não existem de que a fotografia é uma técnica fabulosa, cada vez mais evoluída e acessível a todos. Depois da revolução digital qualquer pessoa, melhor ou pior, conserva momentos em imagens. Deixamos de ir ao fotógrafo fazer as revelações que se tornavam verdadeiros momentos de suspense. Muitas vezes esperei os 30m ou 1h para ver de imediato cada foto ao pormenor e colocar cada uma delas nas bolsinhas dos pequenos álbuns oferecidos com a revelação do rolo fotográfico. Mas sobre isto não me interessa a parte técnica da captação da luz, nem tão pouco distâncias de focagem…é o momento em que fazemos a foto, perduramos uma expressão, um sorriso, uma paisagem, milhentos pormenores… Esse momento fica ali, imobilizado no tempo, perene na vida, na nossa existência para um dia o revermos e talvez soltar novo sorriso, deixar cair uma lágrima, ou simplesmente olhar no silêncio. Nada será como esse momento em que o disparo filtrou uma imagem para sempre. E não tem que ser como dantes. Está

Do sono...

Doí-me o corpo. Não sei se acordo lentamente da queda ou se procuro adormecer sob o olhar da enorme montanha. O corpo, a alma dão pequenos estalidos e há uma enorme ave negra que sobrevoa o céu que tem pontos de um doirado brilhante. Aos poucos tento pensar no que subi para perceber o corpo vazio que jaz sob um tapete, parece relva numa calma aparente. A ave não desarma, às vezes vejo o corpo estendido e ela a rondar, outras vezes pendura-se no suporte metálico da parede. Outras vezes sinto um enorme peso sobre o corpo tornando impossível mover-me... Acho que o 2666 do Bolaño não é leitura saudável...vou virar-me para o catálogo 2011 do IKEA.

Em bicos de pés

Em bicos de pés sem chegar à lua, sem tocar as estrelas, sem saborear manhãs do solstício de verão, sem resprirar uma aurora de sonhos... Sem mais palavras ou rascunhando em papel frases desocupadas de não sei bem o quê... Em bicos de pés numa dança em que os dias e as noites conduzem, com avidez de tudo!

Chuva

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O calor continua mas veio a chuva que deu este cheiro a terra de que tanto gosto. Hoje o tempo combinou com o meu acordar.

Uma música #2

A cozer

A massa está a cozer, com cheirinho a óregãos. Em boa verdade o que me apetecia agora era peixinho grelhado com rodelas de limão, saladinha e uma cerveja fresquinha, o cheirinho a mar por perto e o olhar de uma vida. Talvez me tenha feito mal a ida à eplanada e à praia. Às vezes o que vemos á nossa volta são "alfinetes" na nossa existência. De resto gostei de conhecer mais um cantinho deste Portugal. Foz do Lizandro. A 30 minutos de Sintra, bem pertinho da Ericeira e no concelho de Mafra. Uma estrada de acesso muito boa (N9) que depressa nos leva por aldeias, com casas em tons de amarelo e ainda algumas casas caiadas. Estamos, pois, e como dizem os Lisboetas na zona saloia, a caminho de Mafra. Já na praia, há três barzinhos onde escolho o mais sossegado para ler um pouco. Comem-se caracóis na mesa ao lado. Bebo um café e fico ali a olhar os surfistas que vêem e vão, a criançada nas águas paradas do rio e o nadador salvador empoleirado no alto do ponto de vigia. Na volta venho

Domestiquices

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Eu quero um estendal com 100m para por os lençois. Eu quero uma ventoinha para acalmar este calor que a casa mais parece um forno, ou melhor,um microondas. Os vizinhos estão a carregar os carros com geleiras, toalhas, guarda sóis e eu continuo a carregar a máquina de lavar...é o que dá deixar acumular estas domestiquices!

Magrelas...

30 minutos já foi demais. Definitivamente comprar roupa não é comigo e a paciência esgota-se no primeiro minuto. E fala-se tanto de obesidade e nao sei onde é que os obesos compram a roupa porque tudo tem tamanhos tão reduzidos...aquelas roupas são para magrelas, muito magrelas, mulheres que não têm rabo, nem ponta de curvas! E eu só queria umas jeans...ai estas têm lavagem xpto, estas têm dois buracos nos joelhos e 3 no rabo, estas puxam as nádegas para cima, estas caíram num balde de lixivia e ficaram às manchas, estas têm a cintura tão descida que se perde de vista, estas têm correntes presas aos bolsos, estas são largas estilo árabe, estas são modelo vais montar a cavalo, estas são tão estreitas nas perneiras que nem para os braços serviriam... Ufa... E nem entremos no mundo das camisolas, blusas e casacos...

Poesia...é o que vos digo!

Por estes dias, de muito sol e calor, quem atravessa Sintra pode muito bem descobrir uma arte, uma nova forma de expressão, mas com poucos fins estéticos, é uma verdade. Poesia, é o que vos digo!! Sem carácter fingidor é muito fácil ser-se poeta numa passadeira onde duas centenas de velhos sul americanos decidem parar, contemplar o Palácio da Vila em frente, apontar para as lojinhas onde vão comprar as queijadas de Sintra e para rematar dar dois dedos de conversa sobre a loiça da montra em frente, que isto de ser turista dá direito a meias horas no meio da via, sem que haja um único polícia que modere isto! Buzinar não é poesia, não vá dar algum enfarte aos velhos e não tem graça porque fica tudo a olhar para nós como se tivessemos saído do planeta daqueles que trabalham no mês de Agosto e fazem um esforço por cumprir horários. Poesia é rosnar baixinho "cabrones" para os espanhóis que decidem andar em sentido proibido, passar-nos à frente no trânsito quando estamos a ser simp

Uma música #1

Kiwis e fim de tarde

1 dia, quase 200 candidaturas, 5 áreas diferentes e eu pensava que já tinha visto tudo mas afinal não! Entre tantos Cv´s, tantas experiências insólitas, tantas carreiras de louvar houve uma qualificação que saltou à vista e...ao riso: curso geral de Kiwicultura. E eu pensava que não havia ciência para fazer trepar a árvore do Kiwi* como se de uma vinha se tratasse. Afinal existem cursos mas...no estrangeiro, claro! Das inúmeras candidaturas que tenho analisado tem aparecido de tudo e quase que poderia identificar categorias de candidatos. Aquela que salta mais à vista é, pois claro, a categoria das "meninas de shopping" que, basicamente se definem por CV´s muito cor de rosinha, fora do formato de EuroCv, fotos de pose com destaque para a maquilhagem. Resumindo: muita parra e pouca uva! Por outro lado, existem Cv´s que me fazem pensar...pensar que realmente a minha experiência profissional e social é muito piquena. Há muita gente a viajar por esse mundo fora em projectos de vo

Hoje...

Arrasto-me até aqui com uma esperança vã. A noite vestiu-se de guerreira numa luta que há muito perdi. Não encontro sentido algum porque este não existe mesmo. É como se um imenso deserto me rodeasse, seco, hostil,vazio e agreste.

Do Banal...

4anos. Muitas palavras, desabafos, alegrias, dúvidas,tristezas, confusões, piadas, notícias, poemas, frases, fotografias, estados de espírito, relatos, sentimentos, emoções, coisas parvas e muito ou pouco de mim. O Banalidades nasceu no "meu querido mês de Agosto", corria o ano de 2006 e eu criava assim um refúgio muito próprio, uma espécie de "bolha existencial". E o Banalidades prosegue porque gosto de escrever e serve de tela dos meus sentidos, tendo ganho ao velho diário perfumado, à sebenta azul sem linhas e aos vários caderninhos que fui tendo ao longo do tempo. E hoje lembrei-me do início, não sei porquê, talvez porque penso em tanta coisa ao mesmo tempo, porque faço perguntas ao tempo, à vida, ao destino e ao éter.