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A mostrar mensagens de abril, 2011

Viana é...

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Viana é luz. É rio Lima ladeado de vales verdes. É Santa Luzia e o zimbório com vista sem fim. É gelados no Cabedelo. É surf, windsurf e muito vento. É a Praia Norte com chá nos fins de tarde. É o chafariz na Praça da República e o Jazz na praça da Erva. É Natário ao fundo da Avenida. É folclore e farturas no verão. É fogo de artifício na ponte Eiffel. É filarmónicas na rua, é o bordado dos lenços dos namorados. É versos marotos nas cantigas populares. É Minho. É mulher trajada de mãos nas ancas e ouro ao peito. É a Senhora da Agonia, é romaria, é parada com usos e costumes, é sardinha assada e broa de milho. É ruelas com roupa a secar nas varandas, é o estaleiro ao fundo, é aldeia disfarçada de cidade. É Santoinho, gigantones e Zés-Pereiras. É o som dos bombos e das concertinas, os cantares ao desafio e os trajes das Lavradeiras. Viana é a caravela do mar, é os bordados, o coração de ouro em filigrana, mulher trajada de mordoma, é flor, palmitos. É papas de sarrabulho, arroz de cabi

Dos meus dias...de sol

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Este há-de ser o ponto de partida, onde o adeus ao Tejo imortalizará os olhares que ali deixei, o tempo que ali passei, as vezes sem conta que por ali me perdi. Hoje: sol, vento, barcos com velas soltas a rasgar água até ao mar. O Tejo. Visto de cima devolves mais luz, no miradouro de Santa Luzia. Do outro lado, a música invade os espaços, as crianças experimentam a bateria, enquanto outras se rebolam no jardim das Oliveiras. Os concertos que queria já se esgotaram. Opto pelo alternativo do alternativo: música tradicional de Java e...adormeço na sala porque a música assim proporciona e porque a noite foi mal dormida. Da exposiçao de fotos retenho as imagens de África e de Beirute e fica-me parte de uma frase na memória "Há dias em que deixo o coração em casa...". Não sei o que deixei, mas vagueio no tempo, ora em leituras, ora fotografando o acaso...olho à minha volta, observo e estou numa dança sozinha, onde me lembro de ti, do imaginário, sempre! E com o sol a

4km e uma nica

21h00. Saio pela escuridão envolta nos princípios da lua cheia. Sente-se o fresco da serra e tento lembrar-me onde estacionei o carro. Ao fundo a cúpula vermelha do palácio recorta o céu estrelado. Ouvem-se as corujas a rasgar o silêncio e a dar mistério ás sombras das árvores. Esta saída do trabalho é duplamente recompensada porque chega ao fim um dia demasiado longo e a natureza sussurra um até amanhã nos sentidos. Sigo em direcção ao mar, a outro dos locais que me conforta porque me devolve um céu lindo, a água espelhada ao fundo, os cães a ladrar nas vivendas, o coelho bravo a atravessar a estrada, a calma possível dos sítios que me afastam da confusão de Lisboa, das ruas agitadas, dos magotes de gente, da azáfama, da má disposição, do consumismo, da correria... Vou a caminhar escutando as conversas e as risadas dos pescadores que se espalham ao longo das arribas. Mais à frente os restaurantes fervilham, há cheiro a peixe assado. Começo a correr, tentando controlar a respiração.

Noite(s) de verão

Hoje.Cascais, 21h00.Vento quente. Estrangeiros a passear na rua. Gelados. Mini saias e mangas curtas. Desculpem mas já é Verão! Ontem. O rio silencioso e confidente. O deslizar desejando que o tempo parasse ali.

Sol e vento

A minha máquina fotográfica não funciona. Pensei que fosse da bateria mas não. Apagou-se. Deve ter-se chateado comigo por não lhe dar importância. Hoje gostava de ter fotografado o mar, os carneirinhos brancos de tanto vento que estava, a avioneta a fazer rasias ao farol e piruetas no ar, as crianças a gargalhar à minha volta, o pescador solitário, as primeiras pessoas na praia... Hoje dividi o dia entre os patins, a leitura e a esplanada... e apanhei o primeiro escaldão do ano: é oficial, tenho um vermelhão com uma figura geométrica estranha.

Fórmula

Tenho 29 anos de existência, alguns dos quais investi a estudar modelos teóricos, metodologias práticas, autores, acontecimentos de vida, pessoas, psiques. Devo dizer que a vocação para isso é pouca (infelizmente), mas continuarei, enquanto viver, a surpreender-me com as pessoas, com este ser que dizem humano. E podem vir mil anos de investigação, de psicologia, de relações humanas e nada dará resposta ao que sentimos cá dentro, ao que nos vai na alma, ao que percepcionamos, interpretamos quando interagimos com o mundo, com as pessoas. Há de tudo, como em tudo na vida, experiências muito boas e experiências muito más. Continuo, contudo, sem perceber e saber como lidar em muitas circunstâncias, em contexto profissional, social, na família, e acima de tudo, nessa coisa do amor. Comportamentos, acções, sentimentos, emoções, pensamentos, crenças, valores, objectivos, princípios...e uma Molinex para termos o resultado que se vê. E cada um de nós rodopia em redor de tudo isto, vivem-s

Futebol

Futebol: há o jogo e tudo o resto que ultrapassa o desporto. Sobre isto convém dizer que o Benfica se atrasou um bocadito a participar na Hora do Planeta .

Um dia

Havia algum barulho. As pessoas falavam entre si e eu estava bem longe dali. Tentavam devolver-me a um lugar e a um ambiente que me era completamente estranho. Tentavam distrair-me. E eu continuava a vaguear com os pensamentos, fazendo um esforço doentio para me afastar de tudo o que ultimamente foi sucedendo. O que esperava, o que sempre soube que iria acontecer. E não faltou muito até que pude conduzir estrada fora, sem destino. Um dia estranho. Um dia em que vi o desespero nos olhos daqueles que presenciaram alguém a saltar de um terceiro andar. Um dia triste, cinzento. Um dia em que tive de domar as lágrimas quando o diagnóstico não foi o melhor. Um dia em que ouvi o que me espera nos próximos tempos em termos médicos. Um dia em que fiz muitas perguntas sem obter certezas em qualquer das respostas. Um dia em que percebi que o trabalho que faço é muito importante mas se me enganar nas contas dos vencimentos reponho no mês seguinte, se não fizer o melhor dos recrutamentos o