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A mostrar mensagens de setembro, 2013

De Lisboa... ou de coisas que eu não fazia e agora faço

Ir a uma casa de fados. E é já hoje, na Casa da Severa, ali para os lados da Mouraria. Sei muito pouco sobre o fado, mas conheço mais do fado de Coimbra, da balada de despedida, dos Paredes (Artur e Carlos), do Adriano Correia de Oliveira... E tenho tantas memórias dessas baladas tristes, da guitarra de Coimbra que ouvia da janela de casa, mesmo em frente à Sé Velha, da serenata que ouvi à janela do meu quarto, na casa da baixa, na noite do meu aniversário corria o ano de 2005... "E eu cuidei que era poesia Todo esse louco sonhar... Cuidei saber o que é a vida Só porque sei delirar" (...) (do fado Maria, de Antero de Quental )

O Outono

É acordar de madrugada com um estrondo por causa da trovoada.É ir no carro para o trabalho com a música no máximo para tentar não ouvir a chuva (processo de negação). É enfiar o carro numa sarjeta com mais água que o rio Tejo. Outono, bem vindo!

Partir

Tanto se fala de todos aqueles que vão para fora à procura de algo melhor, da oportundidade que o seu próprio país nunca lhe deu... Esta semana fui a um jantar de despedida de uma amiga que está de partida para o Brasil e ironicamente no final soou um fado como música de fundo. E no fado, tal como nas despedidas, há um rasgo de melancolia que nos quebra por dentro.

Sobre as eleições

Retirei, agora mesmo, pelo menos 5 Kg de papel da minha caixa de correio. Era desnecessário.

Autárquicas

Aproximam-se as eleições e, pela primeira vez, não irei votar à "minha escola primária" . Depois dos périplos para tirar o cartão de cidadão e, dado que a minha morada fiscal fica na distinta freguesia de Rio de Mouro, recebi uma carta com os novos dados e local de voto. Há, em tudo isto, um sem número de pormenores: não faço a mínima ideia onde é a mesa de voto mais próxima, não conheço nenhum dos candidatos de freguesias e, para a Câmara, conheço aqueles que se dispõem nos cartazes que vejo a caminho do trabalho. Nunca me interessei por política mas ao nível das autárquicas sempre votei nas pessoas, nunca pelos partidos. Porque numa freguesia pequena como  a minha (de nascença)  é fácil conhecer as pessoas, o que realmente são capazes de fazer, os problemas e as necessidades da população que identificam. Vivo e trabalho num sítio onde nada sei sobre acessos, estradas, condições sociais, estruturas básicas. Vou para o trabalho e venho e, em tempos livres, vou mais vezes a L

Primeira vez

Pela primeira vez em toda a minha curta existência vou endividar-me. Não, não vou comprar ou construir uma vivenda de sonho, nem tão pouco comprar um T1 num qualquer subúrbio manhoso, não vou comprar carro novo porque deixei de ter carro próprio, não vou fazer a minha viagem à Patagónia nem tão pouco uma volta ao mundo, vou estudar, isso mesmo, estudar novamente. Se há coisa que sempre gostei foi de estudar, de ter livros à minha volta, matérias fáceis ou difíceis, estudar foi sempre o meu refúgio, o meu escape e gosto de aprender sempre mais, mesmo sabendo que a minha memória me trai cada vez mais. Gostaria de dizer que me vou endividar porque vou sair do país para fazer uma nova licenciatura ou algo diferente mas a dívida seria demasiado grande para algum dia conseguir pagá-la. Infelizmente fico-me por cá, com um programa de gestão onde espero poder abordar temas que me permitam ser melhor no meu trabalho. E quando digo melhor é fazer as coisas bem feitas, crescer pessoalmente e

Itália #5

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A Toscana é longos vales verdes e doirados, recortados em tons diferentes, é vinhas extensas, rolos de palha nos campos, paisagens serpenteadas com cedros altos, pequenos aglomerados de ciprestes esguios junto às grandes quintas ou em longas fileiras pelos vales abaixo. A Toscana é uma vila  chamada S.Gimignano e tantas outras réplicas. Com ruelas, torres medievais, tratorias, vinotecas... É pão sem sal, com salame da Toscana, queijo Pecorino e vinho muito bom. É uma pequena tasca com a calma e o humor do proprietário que corta o queijo e o salame com a mesma paciência com que sucessivas gerações o fizeram antes. A Toscana é Siena com a sua enorme praça onde imaginamos as corridas de cavalos e com os seus bairros identificados por diferentes brasões.

Lides domésticas

1) Porque é que ainda não inventaram esfregonas que não agarram cabelos? E aspiradores que aspirem todos os cabelos? 2)Porque é que a roupa depois de lavada não fica em condições de vestir sem ser necessário passar a ferro? Passaram-se duas semanas (ou terão sido três???) e decidi que tinha de fazer algo pela montanha de roupa no sofá e pelo caos instalado nos poucos metros de habitação. Está um dia lindo de sol lá fora mas o tornedó de alheira de caça de ontem não caiu bem e para combater o mau estar o remédio é fazer faxina.

Pensamento do final do dia

"Às vezes as pessoas desiludem, Mas não fiques em casa parado à espera que mudem" (da música Tu és mais forte , do Boss AC) Porque há dias em que apetece gritar bem alto com aqueles que mais desiludiram, porque são também aqueles que mais amamos... Porque a vida nem sempre devolve esperanças em alguns casos... Porque quando nos sentimos incapazes perante algo refugiamo-nos num círculo de questões que nunca nos oferecem soluções eficazes, antes aumentam o labirinto onde nos encontramos... Porque já passou demasiado tempo e eu continuo agarrada como uma âncora a uma história que me faz perguntar todos os dias "mas porquê?"

Do Norte

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Sim, Norte com maiúsculas. Como as suas gentes,assim, grandes...em generorisade, simpatia, bondade, bom acolhimento. Gente franca, humilde mas com muita garra. Foi gente desta que vi na festa de uma amiga que celebrou 40 anos, este sábado, no Porto. Amigos que uma cidade, e uma região uniu e, apesar de vidas tão diferentes, aproxima cada vez mais. E foi voltar ao Gallery Hostel (recomendo cada vez mais), à Praia dos Ingleses, na Foz para a esplanada, à Casa do Livro, à Afurada e à Taberna de S. Pedro onde o peixe grelhado é de chorar por mais. E depois, há a obrigação de voltar. Isso mesmo, uma obrigação porque ninguém compreende que sempre que atravesso a Ponte da Arrábida para Norte há uma sensação de pertença, de algo positivo impossível de explicar.

Do acordar

Isto é um pesadelo! Passei toda a noite a sonhar que estava num casamento (estou derreada porque nos casamentos dança-se muito e bebe-se champanhe), acordei e no telemóvel tinha um cronómetro que dizia "Keep moving" (caramba, eram 08h00 da manhã e é sábado) e tentei enfiar-me numas calças de ganga e já lá vão três pares que não me servem e não passam da coxa para cima.

Dança, padarias e mais houvesse

Voltou a dança. É apenas uma hora durante toda a semana mas naqueles momentos não penso em mais nada senão tentar atinar com o ritmo. Como se diz lá para o Norte, eu "não vejo um boi daquilo" mas faz-me tão bem! E por mais que falhe, que me engane, que não tenha jeito estão lá todos aqueles que me dizem apenas: "diverte-te"! E é isso que tento fazer... Hoje, minutos antes de entrar para a aula deu-me a fome e entrei numa daquelas padarias modernas. Pouco me importa se é moderna, se tem nome chique e conceito francês, se não tem a farinha pelo chão e o cheiro a pão quente das nossas padarias de aldeia, que não tenha esse sentido saloio e típico...a mim pouco me importa porque têm aquilo que mais gosto: pão! E pode ser duro, queimado, com sementes, com mais ou menos ou assim mesmo, somente uma carcaça. Adoro pão e hoje fiz a bela proeza de comer um pão com passas. No dia em que me portar bem com a minha promessa de dieta haverá direito a... broa de milho!

É de mim...

Ou ouvir a música "É sexta-feira" do Boss AC não "cai" tão bem quando é uma 4ª ou 5ª... O nosso cérebro é tramado!

Não basta...

Não basta as coisas andarem a correr mal no trabalho, a esperança na mudança ser cada vez menor, o desgaste físico e psicológico agigantar-se de dia para dia, as férias terem terminado, estar um tempo fantástico para praia e caminhadas e eu a tentar concentrar-me em coisas úteis e produtivas e hoje quando chego a casa vou à caixa do correio e tenho uma publicidade que inclui um Pai Natal...eu sei que recrutar senhores vindos da Polónia demora tempo mas não me façam sofrer por antecipação ainda mais.