De volta. Foram dias muito intensos. Não levei o meu caderno de viagens e por isso não fui escrevinhando nome de sítios, palavras, momentos, recortes do que vivi em dez dias. Agora mesmo tento lembrar-me da ordem dos percursos e é quase impossível. Ao longo da viagem fui descobrindo os momentos bons e maus de viajar em grupo. As gargalhadas, os comentários a tudo o que víamos, as fotos que se repetiam perpetuando paisagens que muitas vezes só lembraremos depois de ver as fotos, os momentos em que nos chateávamos porque tínhamos que esperar por alguém. A voltar iria fazer percursos de montanha, descobrir os montes argilosos que recortam a imensidão de nada. Percorrer a imensidão da estrada com montes, deserto, casas que se confundem com a paisagem, um misto de nada e de tudo. Marrakesh, Atlas, Garganta de Dades, Ouarzazate, aldeia de Khamlia, vale do Draa, Merzouga, Garganta do Todra, ... Nunca irei conseguir decorar o nome dos sítios e tão pouco escrevê-los. Guardo os cheiros, a l...