Chego, sento-me e escrevo... O café é agradável e dos mais calmos no centro da cidade. Gosto da cor laranja na parede, dos pequenos pormenores do atendimento e faz-me lembrar as tardes livres do liceu, passadas com as amigas. Escrevo enquanto aguardo pela torrada e pelo galão quentinho. Tenho 20 minutos, para jantar, para dar uma vista de olhos no jornal e para repousar da viagem atribulada. Sei que um dia pagarei uma factura demasiado elevada por andar a acelerar na estrada, mas o tempo não espera e sempre gostei de chegar a horas. Hoje, por exemplo, confirmei que o meu carro precisa de umas pastilhas novas nos travões e que anda lindamente em duas rodas...nada mau, ou melhor, muito mau e muita sorte! Adiante... Há um leve cheiro a francesinha, o que me diz que o meu estômago vai sair contrariado e insatisfeito com a torrada, mas terá de ser. Aliás, tivesse vindo a 200km/h e podia ter ido a casa, tomava um banho e ia para a reunião. Impossível... A reunião é, imagine-se, da catequese....