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A mostrar mensagens de dezembro, 2016

2017

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Chegarás ébrio de brilho e de cor. Mesmo num mundo às avessas onde morrem crianças, joga-se ao poder com bombas e ainda não há cura para o cancro. Chegarás e brindaremos.  Com a champanhe ou o champanhe, nunca sei, mas que é sempre de uma amargura e por isso aproveito para cerrar os olhos e desejar muito. Com tanta fé como se de uma torcida brasileira se tratasse. Chegarás com os mesmos dias, com os problemas do costume , as mesmas dúvidas e abismos. E também as mesmas esperanças quando ouvimos uma música que gostamos ou lemos algo e pensamos sobre o que nos faz sonhar. Ou quando alguém nos faz sorrir por dentro e acreditar que há um resto de bondade. Chegarás com esse peso comparativo de todos os anos que já vivemos, a evocar se morreram mais ou menos artistas que gostamos, se fomos ou não campeões no futebol e no desporto em geral, se houve ogres que ganharam na política e outros que para lá caminham, se aconteceram mais desastres naturais ou se os nossos adoeceram,...

As incoerências do Natal

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Estavam no presépio também. A árvore de Natal era uma extensão do presépio, esse sim, importante porque haveria de ser diferente todos os anos em tamanho e na disposição das figuras. Os pequenos bonecos de barro, uns já partidos e colados dezenas de vezes, seriam dispostos sempre com uma história de fundo. Sim, havia uma espécie de guião na minha cabeça para aquilo que reproduzia sobre o musgo verde e cheio de bichos que trazíamos dos montes. Era sempre tudo dificultado porque lá estavam os camelos que carregam os reis magos e esses animais sempre os imaginei em desertos áridos. E o meu cenário era o repasto verde e viçoso onde, pelo menos, uma vintena de ovelhas pastavam. E moinhos de vento e casas de aldeia não combinavam com uma cabana de palhinhas que seria, supostamente, abrigo improvisado daquela família que, por via das circunstâncias, adoptara um burro e uma vaca. E o meu boneco do burro mais se parece com um toiro de ganadaria Ribatejana e já não havia históri...

Sabores de infância

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Isto não é publicidade!  É reviver os tempos em que 4 "pauzinhos" deste chocolate faziam as delícias de miúdos e graúdos. A embalagem tinha o mesmo barco em design mas era azul e branca e era a gulodice nas merendas dos trabalhos no campo, juntamente com os biscoitos argola. Viria o dia em que visitaria as instalações da fábrica e parece que sinto o imenso cheiro a cacau. Podia dar-se o caso de ter enjoado de chocolate, mas não aconteceu. Aqui há dias a minha mãe tinha esta embalagem em casa. Renovaram-se as memórias mas o sabor, infelizmente não é o mesmo. Ou talvez seja, mas nós é que o apreciamos de forma diferente.