A manhã acordou com o mesmo silêncio. As cores do amarelo iluminam a pequena sala. Não fechei as janelas durante a noite. Aliás, às cinco da manhã levantei-me a correr julgando ter ouvido um toque na janela da sala. Provavelmente estava a sonhar.
Hoje a manhã é diferente. Fico a pensar no que terá acontecido, mas está tudo muito longe do meu alcance. Não quero interrogar-me.
Saio com a praia no destino e vou ao mini-mercado comprar o jornal.
De casa até à praia grande gosto da estrada para além de Sintra, recortada pelo verde em toda a volta, ladeada da pequena linha do eléctrico.
Hoje o tempo está muito mais fresco mas a areal já se preenche de tolhas, chapéus de sol e o movimento dos surfistas é o mesmo. A água está boa, molhei os pés e voltei para me sentar na toalha e começar a ler. Não demoro muito tempo, escrevo e penso já em me levantar e caminhar.

Subi e tomei a direcção das arribas onde descubri uma outra praia onde se multiplicam os surfistas. O sol já se escondeu e olho ao fundo, perdendo a vista no mar.

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