Na Bica, um abraço

Ela estava na esquina da Rua de S. Paulo com a Calçada. Olhava em redor, algo inquieta e talvez mexesse em algum fio que tinha ao pescoço, na tentativa de encurtar os minutos. Ele veio, a descer a rua, sorriso largo e fechou o tempo naquele abraço prolongado escondendo-a no seu corpo maior, silenciando a música em batidas, a confusão, os encontrões, os copos a entornar a cerveja, a multidão.
E olhou-a, disse-lhe algo ao ouvido e ficaram ali, num corpo só, breves instantes para o alvoroço ébrio e um pouco mais do que nada para eles.

Tanto e tão pouco, naquele abraço.

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