Dia Internacional....


Blá, blá, blá...
Não se fala de outra coisa, dos direitos de umas, das opressões de outras, viva este dia e vivam as igualdades que deixam de existir sempre que se fala delas, porque só o mencionarmos essa questão já partimos do princípio da diferença. Igualdades de oportunidades, o papel de relevo da mulher e, no fundo, exigimos sempre a diferença, festejamos um dia próprio porque somos diferentes e o discurso é sempre o mesmo. Parece que temos que evocar a nossa existência, os papéis "redobrados" que nos definem, de mães, mulheres, amigas e tudo mais. E destacar interminavelmente o papel de relevo na sociedade, a emancipação, o número cada vez mais representativo na sociedade, nas funções de destaque, na vida profissional.Mas para quê? Para exigir igualdade, quando se parte à priori da desigualdade.
E não haverá a tendência de pensar que a questão da igualdade fica resolvida pelo facto da mulher estar integrada no mercado de trabalho ou por frequentar a universidade?
E se a igualdade é um valor e um princípio que deve moldar as relações sociais, não devemos resumi-la a números e estatísticas porque, no fundo, estas situações poderiam reflectir alguns efeitos de mudança mas na verdade as assimetrias mantêm-se.
E pensar que este dia deveria ser o Dia Internacional dos jantares parvos,da histeria pegada e dos homens felizes porque se livram das mulheres durante uma noite inteira...mas de facto a designação era demasiado longa...e muito mais haveria a acrescentar. Pois que venham as romarias do mulherio para celebrar o "Ser mulher"...

Comentários

  1. e mais uma vez... resta-me concordar ctg :)

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  2. Eu concordo ctg... mas apenas uma vez... ;)
    Apaga lá um dos comentários porque não percepcionei que agora há pré selecção da matéria passível de ser apresentada neste banal panorama nacional... :P

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