As férias...há ir e voltar.

O voltar é sempre mais difícil, mais penoso e pelo retrovisor deitamos um olhar ao que fica, aos passeios pela praia, às esplanadas ao sol, aos banhos de mar,aos geladinhos...
Para trás fica um Alentejo que se vai colando às confusões do vizinho Algarve, ficam as praias da Costa Alentejana,o cheiro do peixe no carvão em Porto Côvo, a travessia do rio em Vila Nova de Milfontes, a Lagoa de Santo André, e as pequenas paragens já na volta para Norte...
E já quase suspiro por férias novamente porque, no fim de contas, não houve descanso possível na correria do aproveitar ao máximo o tempo. Mas afinal como se aproveita o tempo? Que valor damos ao que fazemos em cada momento das nossas vidas? Como se mede ou valoriza as horas que vivemos? E se fosse possível não dormir para termos mais tempo ainda?
E por mais interrogações que se façam os dias avançam, o "meu querido mês de Agosto" já lá vai, as preocupações começam a povoar o pensamento e mentalizo-me do quanto irá custar madrugar na 1ªsemana de trabalho.
E olhando para trás o Verão não tem o sabor, o sentido de outros tempos, dos tempos da infância e da adolescência, em que a estação se prolongava até que ficássemos de tez muito escura, fartos de férias e ansiosos pelo regresso às aulas.
Agora espera-se pelo ir e preocupa-nos o voltar.

Comentários

  1. Fica a memória da barqueira...
    Fica a saudade do que virá...
    Ficam os sonhos que nos fazem viver a cada dia!
    Fica a oportunidade de revertermos em sim todos os nãos que colecionamos na vida, porque sim.

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