Homem que é homem...
Sobre publicidade. Nunca ouvi tantas vezes a palavra crise em anúncios de publicidade como agora...os trocadilhos com futebol perderam terreno para os palavrões crise e austeridade (sobretudo em anúncios de rádio). A palavra austeridade até foi considerada uma das palavras mais proferidas durante este ano de 2011.
Voltando à publicidade, eu pensava que todos esses cérebros que trabalham em Marketing e publicidade fossem pessoas dotadas de características geniais, distintas, grande capacidade criativa, competências para trabalharem com abordagens inovadoras, enfim, pessoas com imaginação, com sensibilidade para estarem um pouco à frente em ideias que nos impelem ao consumo, à adesão a marcas, produtos, organizações and so on. Pessoas com talento! Pessoas com ideias fantásticas que traçam o sucessos da linha de vida de produtos e serviços que consumimos.
E depois ouve-se repetidamente um anúncio na rádio e percebe-se que também há criativos cujas ideias não ficavam nada mal fechadas numa gaveta. Trabalhos que nunca deveriam ter passado de um esboço de papel (digo eu).
"Homem que é homem não bebe leite, come a vaca"? ou "Homem que é homem não tem frio, arrefece um pouco"? "Homem que é homem não se depila, faz a barba"?. Isto num contexto de perfume para homem é básico e tem um quê de anedota batida, sem graça. Claro que a mensagem funciona, caso contrário eu não estaria aqui a debitar banalidades sobre isto, ou seja, a publicidade tem um primeiro efeito negativo mas que não deixa ignorar e esquecer o produto. Devo dizer que associado a este produto terei sempre a Carmina Burana de Carl Orff e não esta coisa do "Homem que é Homem".
A par destas ideias saídas de uma bela meia hora de reflexão de sanita está um anúncio da TV, com um Sr. TV de diminutivo Nico e uma "boa". Uma "boa" que, provavelmente bem paga, se sujeitou a fazer o papelão da vida dela: uma loira "boa", de bikini, a recitar monossílabos parvos e a contracenar com o Nico alapado no sofá. E sobre este anúncio, se nos dispuséssemos a falar sobre o papel,a identidade da mulher, daria tema para muita conversa. Sobre este anúncio e sobre aquele que agora povoou as ruas em tamanhos gigantes e nos muppies, onde aquelas escanzeladas de beicinho feito, olhar sexy, envergam modelitos de lingerie supostamente sensual.
O Natal é assim mesmo, de cinto de ligas vermelhos, mamas bem centradas num monte de ossos, um toque de Photoshop (sim, porque expliquem-me como é que estas gajas não têm um único pêlo encravado?), cabelos esvoaçantes e a mensagem bem clara de que medir 1,70 e pesar 40kg é um máximo!
Em publicidade há verdadeiros sucessos, anúncios históricos e referências criativas e também há muito entulho que nos faz pensar na essências das ideias, no ciclo criativo que traz todos estes trabalhos até nós, consumidores ávidos de informação.
Voltando à publicidade, eu pensava que todos esses cérebros que trabalham em Marketing e publicidade fossem pessoas dotadas de características geniais, distintas, grande capacidade criativa, competências para trabalharem com abordagens inovadoras, enfim, pessoas com imaginação, com sensibilidade para estarem um pouco à frente em ideias que nos impelem ao consumo, à adesão a marcas, produtos, organizações and so on. Pessoas com talento! Pessoas com ideias fantásticas que traçam o sucessos da linha de vida de produtos e serviços que consumimos.
E depois ouve-se repetidamente um anúncio na rádio e percebe-se que também há criativos cujas ideias não ficavam nada mal fechadas numa gaveta. Trabalhos que nunca deveriam ter passado de um esboço de papel (digo eu).
"Homem que é homem não bebe leite, come a vaca"? ou "Homem que é homem não tem frio, arrefece um pouco"? "Homem que é homem não se depila, faz a barba"?. Isto num contexto de perfume para homem é básico e tem um quê de anedota batida, sem graça. Claro que a mensagem funciona, caso contrário eu não estaria aqui a debitar banalidades sobre isto, ou seja, a publicidade tem um primeiro efeito negativo mas que não deixa ignorar e esquecer o produto. Devo dizer que associado a este produto terei sempre a Carmina Burana de Carl Orff e não esta coisa do "Homem que é Homem".
A par destas ideias saídas de uma bela meia hora de reflexão de sanita está um anúncio da TV, com um Sr. TV de diminutivo Nico e uma "boa". Uma "boa" que, provavelmente bem paga, se sujeitou a fazer o papelão da vida dela: uma loira "boa", de bikini, a recitar monossílabos parvos e a contracenar com o Nico alapado no sofá. E sobre este anúncio, se nos dispuséssemos a falar sobre o papel,a identidade da mulher, daria tema para muita conversa. Sobre este anúncio e sobre aquele que agora povoou as ruas em tamanhos gigantes e nos muppies, onde aquelas escanzeladas de beicinho feito, olhar sexy, envergam modelitos de lingerie supostamente sensual.
O Natal é assim mesmo, de cinto de ligas vermelhos, mamas bem centradas num monte de ossos, um toque de Photoshop (sim, porque expliquem-me como é que estas gajas não têm um único pêlo encravado?), cabelos esvoaçantes e a mensagem bem clara de que medir 1,70 e pesar 40kg é um máximo!
Em publicidade há verdadeiros sucessos, anúncios históricos e referências criativas e também há muito entulho que nos faz pensar na essências das ideias, no ciclo criativo que traz todos estes trabalhos até nós, consumidores ávidos de informação.
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