Pré-sono

Passo os olhos pelas notícias, talvez muita coisa tenha acontecido numa semana que eu não cheguei a saber. Muita coisa e talvez nada…ou nada suficiente para se interpor à minha rotina, dos sítios, das pessoas, das horas intermináveis no trabalho, dos prazos e dos prazos, do que é fazível e do impossível, das dores de costas que se agravam, dos óculos que perdi mesmo sabendo que devo trocar de lentes urgentemente, dos números, dos minutos em que desejo dormir para não pensar em nada, absolutamente nada.
Têm sido horas e horas a ler vidas: tudo muito deprimente e não sei como haverá algum dia espaço no mundo do trabalho para tanta gente…isto aflige-me, mais do que as notícias que não li…
Penso no que gostaria de estar a fazer agora e não estou. Penso no que poderia estar fazer mas que não me apetece. Penso no que ficou por fazer. Penso no que me obrigo a fazer, todos os dias.
Penso na rapariga dos tempos da faculdade com quem me cruzei no hipermercado e que não me reconheceu, penso em pessoas, amigos, família, colegas, conhecidos, desconhecidos, gente que nunca mais vi…
E nos espaços e nos locais e em tudo o que nos prende e desprende ao mundo, à vida, aos dias e à memória que restará deles.
Penso no sono e quando virá.

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