De volta
Sempre que coabitam comigo espécies verdes em vasos, quando regresso de férias há um óbito a registar.
Desta vez não foi diferente. O pequeno cato que ainda há duas semanas elogiei a sua viçosidade foi-se. Tinha sido um presente do meu afilhado mas não resistiu à falta de luz na janela nas duas últimas semanas, ou então às saudades (assim fosse!).
Voltei.
Das forças para amanhã enfrentar o trabalho não tenho sequer sinal. Moem-me os últimos acontecimentos, a falta de respeito e dignidade das pessoas e, acima de tudo, um sentimento de perda terrível e de profunda desilusão. Não têm sido tempos fáceis mas quero ter esperança que tudo melhore. Que este vazio não seja permanente.
Fiz o caminho, o caminho português de Santiago, na esperança de encontrar mais equilíbrio, respostas a dúvidas que me invadem diariamente. Mas quando tudo não depende apenas de nós, esse caminho de paz, de reflexão não é suficiente para nos devolver bem estar, magia interior, sorriso e energia imensuráveis.
No caminho foram tantas as pessoas que se cruzaram, tantas paisagens, tantas cores, sons, tantos lugares, tantas direções, momentos, pensamentos, dores físicas, tantos desejos fixados em imagens que ficaram retidas algures numa Galiza verde e fresca.
E este caminho que desemboca numa praça onde se ergue uma catedral que deposita os restos mortais de um apóstolo é apenas um caminho que nos faz pensar em todos os outros caminhos pelos quais viajamos diariamente.
Pudesse a vida dar-me a tranquilidade dos campos de milho verdes, dos imensos regatos por onde passei, pela beleza das terras, dos campos, dos lugarejos perdidos no meio do monte, pelos caminhos estreitos de terra, pelas calçadas, pelas vilas e cidades, pelas igrejas e capelas, pelos espigueiros e cruzeiros, símbolos de fé. Pudesse este caminho que prossegue não ser apenas uma longa reta de asfalto dolorosa para os pés e para a alma.
Antas-Castelo do Neiva-S. Romão do Neiva-Chafé-Vila Nova de Anha-Darque-Viana do Castelo-Areosa-Carreço-Vila Praia de Âncora-Caminha-Vila Nova de Cerveira-Valença-Tui-Porriño-Redondela-Pontevedra-Caldas de Reis-Pádron-Santiago de Compostela.
E tantos outros lugares. Não importam os Km´s mas sim as emoções e o que levo cá dentro.
Voltei.
Das forças para amanhã enfrentar o trabalho não tenho sequer sinal. Moem-me os últimos acontecimentos, a falta de respeito e dignidade das pessoas e, acima de tudo, um sentimento de perda terrível e de profunda desilusão. Não têm sido tempos fáceis mas quero ter esperança que tudo melhore. Que este vazio não seja permanente.
Fiz o caminho, o caminho português de Santiago, na esperança de encontrar mais equilíbrio, respostas a dúvidas que me invadem diariamente. Mas quando tudo não depende apenas de nós, esse caminho de paz, de reflexão não é suficiente para nos devolver bem estar, magia interior, sorriso e energia imensuráveis.
No caminho foram tantas as pessoas que se cruzaram, tantas paisagens, tantas cores, sons, tantos lugares, tantas direções, momentos, pensamentos, dores físicas, tantos desejos fixados em imagens que ficaram retidas algures numa Galiza verde e fresca.
E este caminho que desemboca numa praça onde se ergue uma catedral que deposita os restos mortais de um apóstolo é apenas um caminho que nos faz pensar em todos os outros caminhos pelos quais viajamos diariamente.
Pudesse a vida dar-me a tranquilidade dos campos de milho verdes, dos imensos regatos por onde passei, pela beleza das terras, dos campos, dos lugarejos perdidos no meio do monte, pelos caminhos estreitos de terra, pelas calçadas, pelas vilas e cidades, pelas igrejas e capelas, pelos espigueiros e cruzeiros, símbolos de fé. Pudesse este caminho que prossegue não ser apenas uma longa reta de asfalto dolorosa para os pés e para a alma.
Antas-Castelo do Neiva-S. Romão do Neiva-Chafé-Vila Nova de Anha-Darque-Viana do Castelo-Areosa-Carreço-Vila Praia de Âncora-Caminha-Vila Nova de Cerveira-Valença-Tui-Porriño-Redondela-Pontevedra-Caldas de Reis-Pádron-Santiago de Compostela.
E tantos outros lugares. Não importam os Km´s mas sim as emoções e o que levo cá dentro.
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