Butterfly
A "borboleta" (bicicleta) está cheia de ferrugem nas rodas. E eu também.
Depois de muitos passeios por Gaia, Porto e arredores ficou deitada na arrecadação à espera que eu tenha novamente vontade de pedalar. E com todos os atropelos já perdi uma pequena peça da roda da frente que preciso mesmo de substituir.
E hoje, tentanto inverter a vontade de ficar apenas no silêncio e no sofá, saí porta fora e levei a bicicleta.
De manhã enfrentei a ventania junto ao mar que me impediu de fazer o meu passeio habitual, tanto era o vento, acabei por voltar para trás, sem ser preciso pedalar o que me deu mais tempo para saborear a ondulação e agitação do mar e sentir a espuma salgada na cara.
À tarde fui à descoberta de Monsanto, talvez a área mais verde de Lisboa. E fiquei surprendida pelos caminhos, pelos trilhos entre as árvores, pelo anfiteatro Keil com vista para o Tejo, pelos caminhos com lama que deixaram a bicicleta num estado lastimável.
Curioso que sempre associei Monsanto a um lugar de má fama. Lembro-me de acampar no parque de campismo na véspera do concerto dos U2, no concerto de Alvalade corria o ano de 2004 (talvez, já não me recordo).
E de voltar do Cais do Sodré de taxi com uma troupe de gente nortenha que pouco ou nada conhecia de Lisboa e tão pouco de Monsanto.
E hoje, na volta destes passeios, pensei como seria bom viver num sítio em que não precisasse de levar a bicicleta no carro para chegar junto ao mar ou a um sítio verde para pedalar.
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