De partida
Talvez já estejas a caminho, provavelmente com um nó tremendo na garganta por não teres conseguido as coisas de um outro modo.
Sempre foste um homem de trabalho, de trabalho no duro, nunca te vi a recusar nada, a deixar que alguém ficasse sem a tua ajuda quando te pediam apoio, sempre foste e serás um exemplo de determinação, de força, de luta, de muito trabalho. Tens um filho que vê em ti o maior exemplo e isso enche-me de orgulho.
Vais em busca de trabalho, em condições precárias e juntas-te a muitos que já estão lá fora também, vivendo em contentores nos subúrbios, trabalhando no duro, de sol a sol e matando saudades da família poucas vezes por ano. Levas o desejo e a esperança de conseguir trabalhar para diminuir as dívidas e para fazeres o que este país já não te permite - trabalhar dignamente todos os dias e receber recompensa por isso.
E eu depois de falar contigo pelo telefone deixo escapar as lágrimas porque nunca consegui fazer nada por ti.
Não me esqueço das vezes em que embrulhaste dinheiro na minha mão quando eu saía aos domingos para ir para Coimbra e mais tarde para Aveiro. E dos conselhos que sempre deste na tua simplicidade, na tua maneira de ser "espantada".
Espero que corra tudo bem, sem tumultos e que possas regressar depressa ao teu meio.
Sempre foste um homem de trabalho, de trabalho no duro, nunca te vi a recusar nada, a deixar que alguém ficasse sem a tua ajuda quando te pediam apoio, sempre foste e serás um exemplo de determinação, de força, de luta, de muito trabalho. Tens um filho que vê em ti o maior exemplo e isso enche-me de orgulho.
Vais em busca de trabalho, em condições precárias e juntas-te a muitos que já estão lá fora também, vivendo em contentores nos subúrbios, trabalhando no duro, de sol a sol e matando saudades da família poucas vezes por ano. Levas o desejo e a esperança de conseguir trabalhar para diminuir as dívidas e para fazeres o que este país já não te permite - trabalhar dignamente todos os dias e receber recompensa por isso.
E eu depois de falar contigo pelo telefone deixo escapar as lágrimas porque nunca consegui fazer nada por ti.
Não me esqueço das vezes em que embrulhaste dinheiro na minha mão quando eu saía aos domingos para ir para Coimbra e mais tarde para Aveiro. E dos conselhos que sempre deste na tua simplicidade, na tua maneira de ser "espantada".
Espero que corra tudo bem, sem tumultos e que possas regressar depressa ao teu meio.
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