BI

O velho BI caduca hoje e será ultrapassado pelo pequeno cartão onde figuram uma foto e uma assinatura estranhíssimas de cada pessoa e a única vantagem é não fazer referência (pelo menos visível) ao estado civil e à altura. Também não diz de onde somos. Porque em boa verdade somos um pouco de todos os sítios por onde vamos passando.
E se tirar, há pouco tempo, o passaporte foi tarefa relativamente simples, passar 3h numa loja do cidadão dos arredores de Lisboa para pedir o cartão único foi uma experiência para testar os nervos ao limite.
Magotes de gente, apenas duas máquinas que funcionavam abaixo do péssimo, com um sistema de assinatura que me obrigou  a escrever mais de dez vezes o meu nome e a máquina insistia em fazer pinturas rupestres com a minha assinatura e verdadeiros apontamentos artísticos.
Depois é ficar ali à espera para fazer o pedido e ver a animação que é trabalhar naquelas repartições. Mas será que aquela gente não fica com comixão de ver tantas pessoas à espera enquanto eles falam das novelas, do Splash, brincam com a máquina fotocopiadora e conseguem esperar cerca de 3m a chamar sempre o mesmo número sem que alguém responda?
E eu respiro fundo e respiro novamente e penso que ia ali durante a hora de almoço e já estou a perder horas de trabalho, não almocei e nem o cartão pedi. E o sistema informático de chamadas não funciona e há uma senhora funcionária que não sabe para que serve a voz que Deus lhe deu e não tardava e quem gritava era eu para que se despachassem e fossem mais rápidos.
E continuo sem entender porque colocam pessoas nestes serviços que não sabem utilizar as duas mãos num teclado de computador.
Finda a missão dizem-me que o dito cartão pode demorar até um mês a chegar.
Tanta tecnologia para tanto tempo de espera.


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