Em 2013


Em 2013
Continuei à procura de ser feliz, de ter paz interior, de mudança em mim.
Não vivi paixões, amores ou ainda mais desamores. Desafiei o medo, a solidão, a tristeza, a desilusão da perda, da ausência e de conhecer pessoas que desvendam véus de tudo o que nunca esperamos delas.
Em 2013 a saga dos dentes continuou. Engordei e por esta altura tenho a mais 6kg que não consigo perder e descobri maleitas sérias que espero não evoluam. Tento ser bem educada quando me dizem que estou mais “cheiinha” e tento manter a calma quando não tenho roupa que me sirva no armário.
Foi o ano em que fiz mais viagens e voltei finalmente a Itália, regressei a lugares mágicos dentro e fora de Portugal.
Conheci pessoas com boa energia (obrigada Carina), comecei a viver mais Lisboa e li muito. Mas não consegui acabar o livro atual antes do novo ano (na verdade, são quatro livros). Ouvi muito, chorei, acreditei e aprendi a dançar. Fui ao teatro mais do que uma vez e aproveitei dias de praia como já não me lembrava.
Continuei à procura de trabalho, consegui uma oportunidade e desisti dela. Optei e voltei a chatear-me.
Inscrevi-me num curso de gestão, gostava de descobrir novas áreas, novas vocações e novas oportunidades. Continuo com a plena consciência que é preciso criá-las também.
Vi amigos partirem para fora mas felizes, familiares com um nó no coração, vi amigas serem mães, outras à espera de o ser e eu a sonhar com esse dia também.
Continuo a gostar de acordar cedo, de caminhar ao pé do mar, de ouvir música e misturar música clássica com parolice e música comercial. A música continuar a ter um efeito impressionante em mim.
Em 2013 comprei um segundo disco de uma fadista que já é uma das minhas favoritas. E ouvi fados na Mouraria, com aquela áurea que só quem está lá percebe e sente a respiração cortada de cada lamento e a guitarra a acompanhar.
Continuo a não gostar de mentiras, de pessoas que hoje dizem uma coisa e amanhã fazem outra, de gente falsa e que vive da aparência, do socialmente correto e da referência que a sociedade lhe dá. De pessoas que apesar de tudo o que fazem ainda criticam os outros, comentam, acham-se no direito de julgar e de sentirem que são diferentes. Sim, são diferentes mas não é para bom. Continuo a tentar ganhar confiança em mim própria e nas pessoas. Desisti de algumas, de lugares onde voltei mas muito inquieta, porque morreram em mim ou porque me transportam para situações que nunca saberei explicar e acomodar no meu interior.
Em 2013 soube o que é sorrir para alguém a quem sempre quis bem e essa pessoa no alto dos seus 17 anos virou-me a cara. Em 2013 vi o meu pai tornar-se cada vez mais fraco e agradeci aos que nunca deixaram de estar por perto, sempre, em todas as ocasiões.
Em 2013 continuo a ser sem paciência, preocupada e cada vez mais desorganizada para misturar trabalho, com lazer, com fazer nada.
Continuo a pensar numa viagem à Patagónia e a acreditar que no próximo ano vou visitar novos lugares ainda que olhe para o calendário dos estudos e para os meus rendimentos e me pergunte como e quando? Continuo a adorar um pôr do sol, um fim de tarde num lugar calmo, o mar e a “minha praia” onde sempre volto para respirar a essência de tudo.
Em 2013 ousei fazer aquilo que hoje em dia todos fazem: correr. Mas eu vou devagarinho, com ataques de tosse, o coração a bater muito depressa, a respiração descontrolada, as dores no estômago…mas vou.
Em 2013 a tendinite no pé agravou-se e ficou a marca de um caminho que hei-de voltar a fazer talvez em reconciliação com um Deus que perdi algures na minha existência.
Em 2013 fiz, deixei por fazer, fui e sou ainda.

Quero sonhar que 2014 não é mais um ano, um contar de dias sucessivos, quero acreditar que seja mais vida e alegria do que tristeza e inquietação.

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