#31/05/2015 Da preguiça

Não escrevo vai para meses porque a desculpa do computador avariado é maior que a preguiça de pegar na caneta e no pequeno caderno.
E assim passaram os dias sem registar a quietude que senti quando vi a lua da janela cá de casa ou o desassossego que sinto nos telefonemas do domingo à tarde, ou os pequenos prazeres que descubro quando saio e vagueio pelo cidade, ou quando me sento num parque e nas esplanadas enquanto leio, observo e imagino o que as pessoas estarão a dizer.
E no entretanto desta preguiça descobri que não gosto mesmo de toranjas, apesar de lhes ter dado uma segunda oportunidade. Mas em compensação descobri um vegetal novo que deixa um travo adocicado à sopa e parece uma cenoura, mas de cor branca.
Seguem os dias sem que chore em palavras a angústia que senti por não conseguir resolver os problemas do trabalho.
O vazio constante por decisões que não sei tomar ou por consequências daquelas que tomei.
E esta vontade de partir para outro lugar às vezes de tão grande que é preocupa-me mais que esta preguiça.

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