#29/08/2015 Momentos
Não foi o reencontro das cores lindas de todas as casas que rodeiam a Rynec porque as suas fachadas serão sempre belas, na luz da manhã ou no lusco-fusco.
Foi ele a cantar. Ali, naquela praça, dois sonhadores, uma na voz e outro na guitarra são aquilo que (quase) nunca somos – o que mais gostamos de fazer, à vista de todos. Doar talento. Mesmo quando caem as moedas no saco da guitarra, essas são voluntárias.
Depois, foi ele a desenhar.
Perfeição e concentração num desenho de um rosto de uma mulher. Ele ali
sentado, com pernas à chinês, o seu corpo dobrado numa posição quase acrobática
porque não ter mãos assim o ditava. Mas era leveza de traço o que víamos a
passar para o papel. E o seu sorriso! Como ficar indiferente?
Por fim, o olhar curioso e
profundo daquela miúda ao colo da mulher de cabelos grisalhos que em algum
momento cruzou o seu olhar no meu.
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