Sushi ou leitão
Primeiro vieram os restaurantes
chineses onde toda a gente ia até que se descobriram os segredos das cozinhas e
foi vê-los fechar.
Eu fui a um único, em Aveiro, e
quase arrastada. Sou de alheiras, bacalhau de cebolada, pataniscas com arroz de
tomate, peixe grelhado, marisco, carne assada na brasa e essas coisas. Mas
gosto muito de tapas e de comida mexicana. E há um restaurante Indiano em
Lisboa, perto do bairro, que foi uma boa surpresa. E um Libanês também.
Depois veio o Sushi. A moda do
Sushi. E para muitos virou relegião e havia que ir todos os dias, não fossem as
algas acabar.
E para mim a ideia do peixe cru
agoniava-me. Ainda agonia.
E nos meus últimos dias por
Lisboa, provei, a par da alheira que comi nesse dia, um bocadinho de sushi, ou
como quem diz, daqueles rolinhos de arroz sem peixe cru, num dos lugares mais inesperados
de sempre. Num restaurante de chineses, tasca de esquina, para lá de barato e
com a ementa mais variada de todos os restaurantes que vai desde a alheira ao
foigrae de pato.
E verdade seja dita que não
desgostei. Mas foi preciso afogar o rolinho de arroz no molho de soja, numa
proporção de dois frascos para um rolinho.
Passa-se o mesmo com o leitão.
Eu como, mas basicamente uma dose de molho para mim nunca chega porque sem o
líquido aquilo já não passa.
Hoje, comi a primeira refeição
integral de sushi e, aparentemente, continuo viva. Não comi peixe cru, é certo,
mas aquele salmão e os camarõezinhos não pareciam ter passado por muita
cozedura, ou talvez nenhuma.
E gostei. Apesar de ter para
mim que a soja servida numa tigela de sopa daria mais jeito para mergulhar os
rolinhos. E assim poderia pedir uma colher, em vez dos pauzinhos com elásticos
(sim, não sei comer com os normais).
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