A tshirt

Talvez em toda a minha vida apenas tenha conhecido uma pessoa que não quisesse ter "coisas" e as tinha, na verdade. Casa, carro e tudo o que pudesse ser mais material, roupas caras, hobbies caros. Tudo traduzido em objectos, pertences, bens, coisas.
E mesmo quando possamos afirmar que somos desprendidos trabalhamos, muitas vezes, para ter. Ter coisas.
Lembrei-me disto estes dias na tentativa de colocar um ano de vida em duas malas. Não é fácil mas é possível.
E tendo em conta que o computador foi para o lixo porque renunciou à vida e à recuperação eu poderia sair daqui apenas com o bilhete na mão. Porque tudo o resto é tralha.
Há, uma outra história engraçada. Como a tshirt de Marrocos. De longe, a peça de roupa mais viajada que tenho. E no momento que a colocava na mala pensei como é possível ainda ter este trapo, já com pequenos buraquinhos na malha.
Mas está ali. Pronta para voltar e aguardar por mais um verão.
Há poucos meses fomos jantar ao melhor restaurante marroquino da cidade. E eu contava sobre o melhor do que visitei em Marrocos para dissuadir o cepticismo dos que insistiam em negar-se a descobrir.
E quando mostrava as fotos estava ali a tal tshirt. A mesma que vestia nessa noite, num Marrocos de sabores, em Poznan. E rimos. Porque a viagem foi em 2013 e há malhas muito boas!




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