A A.

O meu Natal Polaco chegou hoje. Para me dar essa alegria e magia de abrir uma carta ou caixa vinda pelo correio de verdade.
Mas mais do que isso, para me lembrar que há pessoas incríveis que passam pela nossa vida.

A A. é uma franzina loira, de gargalhada fácil e estridente. Com ela aprendi que podemos amar sem conhecer. Ela amava Portugal mesmo antes de ter vindo cá, de conhecer as pessoas, a nossa cultura, a nossa comida, a nossa música. A A. falava de Portugal como nenhum de nós, nascido e criado neste país, ousou dizer metade, apenas. E aprendeu as palavras e as expressões numa mistura de português de Portugal e do Brasil que dão uma mistura atrevida a tudo. E digo amor porque ela vai ao detalhe de se emocionar com um padrão típico de azulejo português.
Duvido que algum dia a A. deixe o seu país porque é uma mulher ligada às suas raízes e com uma forte ligação à sua família. Mas não duvido de tudo aquilo que ela atenuou quando eu, acabada de chegar ao aeroporto, num país onde nunca tinha estado, lhe liguei para perguntar a direcção de sua casa.




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