Direitos
Os direitos humanos. E lembro-me
desta coisa da escravidão da beleza como se tudo o que esteja fora do padrão da
moda nos tire auto-estima, bem-estar e identidade.
E eu que coloco um revirador de
pestanas no lote de instrumentos satânicos reclamo aqui o direito a não
arranjar as unhas e ter espigos, peles e unhas sem arte capaz de colocar o
Louvre a um canto. Reclamo o direito a não usar cremes para as rugas do
calcanhar ou quiçá para as pregas que se instalam nas costas depois dos 30. O
direito a não pintar os olhos, a cara e a usar batom que se vê em Lisboa
estando eu no Norte. O direito a não ter outfits glamourosos, com todas as
últimas tendências da moda, a ter poucos pares de sapatos, a ter camisolas com
borboto e a vestir-me mal desde que me conheço.
O direito a ser como me apetece
porque não haverá grandes possibilidades de mudança a este nível. Mesmo quando
as pessoas à minha volta reprovam uma
unha mal arranjada.
Estão no seu direito!
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