Perder um voo e não ter ameixas

Aquele momento em que pego no telemóvel para ver os boarding passes e tomo consciência que perdi o voo deixou-me ali no meio dos atropelos de toda a azáfama de um aeroporto. A mochila a descair pelo ombro e uma vontade de rir e chorar ao mesmo tempo.
No caminho para o campo explicava à minha mãe como era possível tamanha confusão de horários, marcações e reservas. Tanta falta de memória como quando lhe perguntei três vezes como se chamavam as flores que limpávamos da erva milhã. Estoma repetiu.
As batatas estão floridas mas pior do que perder um voo é saber que este ano não há ameixas devido ao inverno rigoroso.
Nunca consegui decidir se preferia as brancas ou as vermelhas mas dividia o estômago por ambas, tiradas directamente da árvore.
E se este ano não as tenho que não me falhe a memória das vezes que me sentei na sombra a comer sem regras.



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