A B. de Odeceixe

Segui a localização do restaurante e a Rua 25 de Abril parecia não ter fim. Passei pelo moinho ao fundo da rua, ainda mais bonito com a luz dourada do sol que se estava a pôr. O mesmo moinho que deu o nome às casas que ladeiam a rua que subi.
O restaurante estava já no topo, com uma pequena esplanada com vasinhos nas mesas, parede de cor ocre e tudo muito moderno no seu interior. Um conceito diferente do que se vê na vila e apetecível para quem o frequenta: os estrangeiros. Aqueles que, quando vem a conta, confirmam com a menina se é mesmo assim porque acham que alguma garrafa de vinho não foi cobrada.
A B. trabalha no restaurante, veste uma blusa riscada, tem os cabelos apanhados, caindo um ou outro dos seus bonitos caracóis. Os seus olhos claros debatem-se com o rosa do batom e foi num crachá que trazia ao peito que lhe vi o nome. Mas foi quando me recebeu e me atendeu que percebi que a B. estando em Odeceixe não podia ser dali. A B. era desenvolta, no jeito, no modo como falava com os clientes em Inglês e nesse diálogo breve de escolher uma sopa e uma salada não tive dúvidas de que o Norte a emprestara ali.
Assim confirmaria, quando gentilmente me oferece Vinho do Porto e lhe pergunto sobre se também é do Porto que ela vem.







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