Do trail das Azenhas, todas as vezes


















Calor, muito pó, subidas intermináveis, descidas perigosas, o rio a desafiar-nos para um mergulho, quatro edições, duas que falhei, a primeira vez no trail curto e se o corpo me deixar, para o ano estou de volta.

Porque sempre que subo o monte da Guia e vejo lá do alto esta encosta castreja regresso todas as vezes a casa. Todas as vezes que parti e que não fiz nada por este lugar. 

Volto à infância e a todas as vezes que subi por estes caminhos estreitos, para ir à Capela da Senhora da Guia, todas as vezes que íamos ao mato lá para os lados dos Campelos, com o gado sofrido a subir caminhos dos quais hoje já nem sabemos o nome, todas as vezes que fui ao musgo à Cividade e à descoberta das velhas antas escondidas, todas as vezes que corri aos inícios de tarde, pelo Souto da Quinta, para os esconderijos, antes de regressar às aulas na escola Barão de Maracaná, todas as vezes que fui ao Minante tomar banho no rio sem medo da poluição, todas as vezes que atravessámos a ponte de Sebastião para ir às festas de Castelo do Neiva.

O trail das Azenhas é o mais bonito do mundo. 
Porque a cada quilómetro devolve muito para além destas dores que tenho no corpo.

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