O adágio
Estranhei o teu silêncio. Os teus modos e falas curtas. Mas nunca me passou pela cabeça o que me virias a contar no café. Ainda sem certezas, sem diagnósticos certos, o medo já chegou. E a dúvida e o pavor. Este é aquele começo de um adágio para cordas, terrivelmente triste, que nos fará chorar.
Ainda há dias te via naquela foto, de blusa branca, óculos espelhados e a sorrir. Tirada assim, descontraída e apeteceu-me dizer que a vida te fica tão bem. E fica. E não o escrevi já não me lembro porquê.
Mas a vida fica-te mesmo bem. E vai continuar a ficar.
Agora que olho para trás, nas nossas ausências de uma e de outra, penso que talvez os nossos últimos meses sejam o que melhor pode fazer frente a esse adágio triste e profundo. E repeti-los, para que no fim, não haja, senão mais do que lágrimas de alegria.
Ainda há dias te via naquela foto, de blusa branca, óculos espelhados e a sorrir. Tirada assim, descontraída e apeteceu-me dizer que a vida te fica tão bem. E fica. E não o escrevi já não me lembro porquê.
Mas a vida fica-te mesmo bem. E vai continuar a ficar.
Agora que olho para trás, nas nossas ausências de uma e de outra, penso que talvez os nossos últimos meses sejam o que melhor pode fazer frente a esse adágio triste e profundo. E repeti-los, para que no fim, não haja, senão mais do que lágrimas de alegria.
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