O senhor Leonel


O sol ardia naquela descida para o porto de pesca da Entrada da Barca e eu vinha já com a certeza de que o meu corpo é, neste momento, aquela canção da Fafá de Belém: Vermelhooooo.
A puxar um barquinho para terra estava o senhor Leonel a quem saudei, perguntei o nome e se era pescador dali.
-Se aqui tivesse uma cadeira mandava-a sentar — respondeu-me.
Fez uma pausa, mostrou - me o balde com sargos, pargos e safios e disse que já tinha tido quatro barcos mas que agora só ia ali para se entreter.
Pergunta-me se quero boleia para Zambujeira, eu agradeço e arrisco a pergunta da idade.
Ainda não acredito nos oitenta e três de vida e nos setenta de mar.







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