Duas coisas

Não importa a hora a que se vá. Serpenteamos vila abaixo num vagar, ora atrás dos ciclistas, ora a travar bruscamente porque os carros da frente descobrem esse verde que a Serra ostenta.
Já é Setembro e mesmo com as metereologias às avessas, os plátanos já soltam as suas folhas doiradas que vão secando à mercê da passagem do eléctrico.Vejo a cúpula do Palácio, a fazer-se de pintura de museu e lembro das noites que ali passei apenas para ver aquele vermelho vivo das luzes a contrastar com o breu. Quase sempre eu descia por ali para ver apenas duas coisas: aquelas cores e o mar de inverno.
E de ambas continua a ter saudades.

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