Richard W.


Despediu-se do amigo que virou na direcção do albergue e apanhou-me a fotografar o marco dos 42km. Seguimos durante aquela longa recta até ao hotel junto à estrada. Do Canadá para Portugal e depois para a Galiza. Fala-me das particularidades da língua galega, de como aprendeu palavras em Castelhano lendo livros já depois de reformado. Ainda teve lições, uma vez que decidiu visitar a América do Sul durante três meses. Mas Richard diz-se velho para aprender a falar fluente uma nova língua e a fazer mais do que 25km num dia. 
Entretanto, lá vai do alto dos seus dois metros, olhos verdes profundos, contando como temos uma grande comunidade portuguesa em Toronto. Quando lhe digo que, provavelmente, estamos em toda a parte do mundo muito fruto da nossa história como colonizadores e de como não devemos esquecer isso, diz-me que o primeiro ministro do seu país passa a vida a desculpar os últimos vinte anos quando, na verdade, devemos é pensar no futuro. Que homem é este que numa nacional galega me fala de história, de pessoas, de viagens e de como devemos fazer com que o amanhã seja bem melhor do que aquilo que já vivemos? 


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