Tascas (contemporâneas)
Íamos às tascas, onde sabíamos que só "passavam a loiça por água", onde o bacalhau pingava azeite, o vinho pintava feito carrascão numa tela de artista, o pão era broa de milho de base rija e a fugir ao queimado. íamos, aliás, sempre fomos às tascas e ainda vamos como se fosse uma oração. E cresci a comer com esse critério do muito e do farto.
Mas nem por isso, deixo de ter admiração e curiosidade por toda a reinvenção que se faz à comida e aos sabores. E é por isso que quando entro num restaurante de cozinha contemporânea de autor há duas coisas que eu confirmo: se tenho o VISA a funcionar, obviamente, e se a "viagem" é com a mesma intensidade daquela que sinto quando vou às tascas.
Se não for, não vale a pena.
Comentários
Enviar um comentário