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A mostrar mensagens de junho, 2013

A Lua de hoje (de sempre)

Não tenho imagens. Tenho essa imagem da lua cheia refletida no mar ou no rio que sempre me persegue nestas noites. E um dia ainda irei ver este esplendor no meio do mar, ali, onde apenas se vê o brilho na água à minha volta. Não sei como, nem quando ou onde. Hoje, fruto da divulgação nos media, as pessoas pararam para ver, de objetiva em punho, enquanto aquela bola gigante se erguia no céu. E eu, enquanto caminhava na ciclovia, pensava nessa noite de lua cheia, algures no meio do mar.

Social media

Percebo a falta que uma televisão faz quando a minha mãe liga e pergunta se sei do incêndio na serra de Sintra ou arredores. E eu até saí de casa...

Música de hoje

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Com música tem tudo muito mais sentido

Há momentos, na ciclovia, eu tentava correr enquanto as minhas lesões picavam cada um dos pés. À minha frente uma senhora com idade superior a 40 corria acompanhada por dois cães. Para além de correr a sério, cantava alegremente uma canção latina-lamechas-romântica. "Quem canta seus males espanta", mas aquela senhora não deve ter nada para espantar.

O inconveniente...

De ir à praia sozinha é tentar espalhar o creme nas costas e quando se chega a casa percebe-se que não correu bem. Arte corporal abstrata.

BI

O velho BI caduca hoje e será ultrapassado pelo pequeno cartão onde figuram uma foto e uma assinatura estranhíssimas de cada pessoa e a única vantagem é não fazer referência (pelo menos visível) ao estado civil e à altura. Também não diz de onde somos. Porque em boa verdade somos um pouco de todos os sítios por onde vamos passando. E se tirar, há pouco tempo, o passaporte foi tarefa relativamente simples, passar 3h numa loja do cidadão dos arredores de Lisboa para pedir o cartão único foi uma experiência para testar os nervos ao limite. Magotes de gente, apenas duas máquinas que funcionavam abaixo do péssimo, com um sistema de assinatura que me obrigou  a escrever mais de dez vezes o meu nome e a máquina insistia em fazer pinturas rupestres com a minha assinatura e verdadeiros apontamentos artísticos. Depois é ficar ali à espera para fazer o pedido e ver a animação que é trabalhar naquelas repartições. Mas será que aquela gente não fica com comixão de ver tantas pessoas à espera...

Das leituras de hoje

"Servimo-nos dos outros como se fossem machados para abater aqueles a quem realmente amamos". ( in O Quarteto de Alexandria, de Lawrence Durrell)

Hoje e Fernando Pessoa

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Que desassossego. (palavra curiosa para mim ao escrever). "Nós nunca nos realizamos. Somos dois abismos - um poço fitando o céu."

De Lisboa... ou de coisas que eu não fazia e agora faço

Ir para a noite do Santo António, andar de metro e sentir-me completamente esmagada e no final da noite percorrer 30m a pé só para não pagar táxi. Ai o que eu me lembrei das noites em Coimbra, de quando chegava à estação de camionagem e via toda a gente a apanhar o táxi e eu seguia com malas, sacos e saquinhos baixa fora e, nos primeiros anos de faculdade, até à zona alta da cidade. E pelo meio os sustos dos vagabundos que me pediam tabaco e dinheiro. À conta do dinheiro que poupei em táxi não estou mais rica mas pelo menos não me impressiono com aquilo que se vê nas ruas já a noite vai longa. E por falar em noite de Santo António, por alma de quem os lisboetas dizem "vamos aos santos?" se apenas celebram um? Mania das grandezas...

Num dia em que se celebrou o Amor...

09.06.2013 "É, certo, afinal de contas, que neste mundo nada nos torna necessários a não ser o amor". (Goethe)

Na praia

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Depois do dia ventoso de ontem, o calor de hoje e o mar convidaram mesmo a estender a toalha. Nem que fosse apenas por 15m. E se tudo parecia maravilhoso eu obriguei-me a sair de casa quando tudo me dizia que o melhor de tudo era esquecer que existia vida lá fora e enterrar-me no sofá. Porque volvido um ano mudei o tamanho de "copa" e manter-me dentro do bikini é uma aventura perigosa. E isto da auto-estima não é coisa que se ganhe a ver estas figuras tristes, mais ainda quando quero uns calções para sair de casa e nem isso existe. Mas valeu pela caminhada desde Colares até à Praia Grande, mesmo na linha do elétrico, pelo almoço na esplanada com uma vista de azul ao fundo, pela descoberta do caminho de regresso pelo meio do pinhal e das vivendas escondidas e "fechar a praia" ali para os lados do Estoril. Sim, hoje foi verão a sério. De pé na areia, sol quente e mar ali bem perto.