Mensagens

Nada contra

Os meus amigos que divulgam, partilham, celebram e se identificam com pensamentos bonitos, frases, reflexões e ensinamentos de bloggers com vidas lindas e maravilhosas, casamentos fantásticos, vidas profissionais preenchidas com aquilo que apenas gostam de fazer, cozinheiro(a)s extremoso(a)s, vidas riquíssimas de sentimentos e pureza de espírito, de paz e amor. Não tenho nada contra eles. É contra quem apregoa mas na hora de praticar falham os chavões e perdem-se os filósofos desta vida. Hoje deu-me para isto. Resmunguice. Principalmente porque numa limpeza da caixa de correio descobri os emails que, tonta, enviei na esperança de resposta, na sequência de um workshop de "auto-ajuda" que me foi oferecido. E dessa experiência de ter conhecido alguém tão-incrivelmente-sem-palavras que percebi que é tudo "muita parra e pouca uva". Respondeu aos emails? Nunca. Devolveu dinheiro das sessões em que nunca participei? Nunca. Mas... Nada contra.  Cá estamos às 12:15 ...

Abominar

Gente (na sua maioria mulheres) que desfia cabelos e atira para o chão. Primeiro movimento sedoso de passar a mão pelo cabelo, depois olhar para a mecha que foi colhida. Olham com compaixão e depois chão. No café, no restaurante, no autocarro, no trabalho. Se alguma vez tivessem que tirar cabelos de uma esfregona nunca o fariam.

A nuvem

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De vez em quando essa nuvem negra e gigante vem. Não é tristeza, desalento, frustração. Ou será revolta, desassossego, retrospecção e futuro. Ou não saber o que cabe no amanhã. Os sonhos. Esmagados por essa ameaça de cinzento dos medos. Dos falhanços, das decisões mal tomadas, das pessoas erradas com quem nos cruzámos e que deixam danos irreparáveis. E como milhões de pessoas de um planeta esforço-me por ser melhor, por saber mais, por acreditar, por trabalhar mais. E nunca chega. Para mim, para os outros. Nunca chega simplesmente viver isto. Porque tem dias que não vemos para além da nuvem.

Mais e mais

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Eu devia sair mais vezes. Não digo sair pelo buliço. Mas pelas cores, pelos fins de tarde de verão (ainda que às vezes tristonho), pelo céu em tons de rosa, pelas luzes reflectidas no rio, pelas pessoas nas ruas, a praça a fervilhar nas esplanadas e os focos voltados para as fachadas. Pelo Neptuno que já tem água, pelas ruas do coração da cidade. E isto tudo é mais, por mim, também!

Escaldão e bolhas nos pés

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São as mazelas que ficaram do dia de ontem porque tudo o resto foi saldo positivo de uma equação que é simples: tempo livre, mochila às costas e vontade de descoberta. Os pés estão assim porque ninguém se lembra de ir passear de sandálias com 0,05cm de espessura de sola e o escaldão porque caminhar durante mais de uma hora debaixo de 31° e apenas com protector na cara resultou em braços churrascados. O dia tinha tudo para revelar quando já com menos de três minutos da hora de partida do comboio eu não sei em qual devo entrar. Ainda tentei o intercontinental mas quando vi o "garçon" de bordo percebi que estava errada e acabei naquele que estava mais lotado, embora a quem perguntasse me confirmava que ia sim para Konin. Mas eu queria era Kórnik. E como nesta terra os "k's" são um flagelo devo ter perguntado trinta vezes se estava no comboio certo. E o apeadeiro de Kórnik chegou para meu sossego e em poucos segundos, preocupação. Sim, porque verificar antes s...

Dor de dentes, ou da história...

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Eu já suava das mãos. Primeiro o taxista engana-se e vai para uma rua de onde o número vinte e cinco nem sinal, depois, à chegada ao destino correcto vejo-me a entrar para umas traseiras tipo quintal e eu já nem sequer me queria imaginar estendida na cadeira do dentista. E em todo este processo eu já afirmava para mim mesma que ficar com o dente partido e assumir o problema de fragilidade da boca seria melhor do que tentar explicar todo o histórico e não ser compreendida e sair do consultório ainda com menos dentes dos que tenho. E quando bato à porta e vem o médico (assistentes de dentistas? Isso são modernices) e aparentemente não se recorda da marcação, eu senti que tinha tudo para correr bem nesta estreia dentária por terras nortenhas. Finda a tortura, talvez acalmada pela voz mais dócil e melódica que ouvi (a seguir à do professor da faculdade Eduardo Sá) eu pude voltar para casa percorrendo o bairro simpático nas redondezas do Parque da Cidadela. E foi precisamente por aí qu...

Dos sonhos

Hoje sonhei com este senhor. Talvez não com ele, mas com a sua música. E para não me esquecer dela, aqui fica. Mar Impossível - Camané http://youtu.be/HezZYq_QEG0