A noite está linda. O luar desvenda os contornos dos montes e antevê a lua cheia na próxima semana. É pena estar frio, daria para ficar por aí algures a olhar o céu, o nada, o escuro da noite. Não tenho sono, apenas uma dor de dentes fruto de uma tarde no dentista no combate às cáries. Porque temos cáries se lavamos os dentes todos os dias? Para que servem, afinal, as escovas e os dentífricos xpto se temos na mesma estas porcarias na boca? Para trás ficou o arraial, o barulho ensurdecedor dos bombos, dos zés pereiras, sempre a rufar, com ritmos repetitivos e com a força de quem gosta do que faz. Ficou o fogo de artifício, os arcos iluminados, a igreja colorida, o vaivém das pessoas, as senhoras a vender doces e tremoços, as pistas, os carróceis, os tascos e as tasquinhas, a banda a passar, os aplausos, o concerto no palco,o barulho, as conversas, tudo quanto caracteriza as festas, os arraiais do Minho. Ainda quero ver se no "Meu Querido mês de Agosto" o retrato será parecido ...