Nulípara. É a primeira palavra do relatório médico, logo a seguir ao número em idade. E lembrei-me logo da sexta-feira, no restaurante da cadeia de fast food da segunda circular, naquela abertura solene de uma viagem, com a euforia de três crianças (que depois seriam cinco) e aquele aviso das mães para que me preparasse porque iria ser um fim-de-semana intenso. E foi. Porque não existe teoria, autor, investigador, psicólogo, pai, mãe ou a intervenção divina ou do universo que tenha a solução milagrosa de acalmar uma birra, um drama, uma consumição de uma criança. Tenha ela dois ou dez anos. Ou, simplesmente, seja a solução mais acertada para apostar num crescimento livre de tudo que é menos bom e que, tendencialmente, atribuímos a factores exógenos (extra quatro paredes). Sem o ser, claro. E quando tudo me parece vazio, hiper quadrado, com crianças formatadas para um mundo descartável o M., de dez anos completos, chorou porque não conseguiu, logo à primeira, visita...